terça-feira, 26 de abril de 2011

Sensibilidade e Especificidade.

Estes dois conceitos são muito importantes na escolha de um teste de avaliação diagnóstica.
Quando se opta por um determinado exame, deve-se ponderar estas características.
A sensibilidade refere-se à probabilidade de um teste dar positivo quando existe doença. A especificidade de um teste refere-se à probabilidade de este dar negativo quando não existe doença. Estas características são muito importantes. Não existe nenhum teste ideal. Quanto mais específico ou sensível é um teste, o parâmetro de sensibilidade ou especificidade do mesmo (respectivamente) é influenciado negativamente (altera-se o limiar de detecção diagnóstica). Para se detectar um maior número de patologias temos que determinar um limiar mais abrangente, contudo vamos também abranger um maior número de pessoas sem doença (redução da sensibilidade)
A título de exemplo, quando um teste tem uma especificidade muito alta (refiro o teste Elisa na pesquisa de anticorpos HIV- à excepção do período janela), quando obtemos um resultado negativo, a probabilidade de não ter doença é quase certa (99% segundo alguns autores). Contudo, este teste tem uma sensibilidade mais baixa, ou seja, existe uma probabilidade valorizável de dar positivo quando não existe doença. Este conceito é importante e deve ser reconhecido por todos que se submetem a um teste, e desta forma ponderar a realização do teste segundo uma base de consentimento informado.

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