terça-feira, 22 de março de 2011

Hipocondria: uma doença ou uma adaptação social?

Nesta sociedade, num planeta em que a saúde das massas é uma prioridade, será a hipocondria uma doença? ou antes uma adaptação social?
Em países em que as populações têm outras preocupações (guerra, fome...) qual será a percentagem que sofre de hipocondria?
E já agora qual é o papel da internet na génese desta condição: "dói-me a cabeça! deixa-me ir à net ver o que é!" Minutos de pesquisa depois: "Epa, isto é grave!".
Outro exemplo a que assisti: "Sr. Doutor o exame acusou divertículos no sigmóide. Isto é grave não é! é que vi na internet que posso morrer!"
E qual é o papel do médico como elemento controlador/facilitador desta condição. Temos que medir bem as nossas palavras. Ser concretos e realistas, extinguindo falsos mitos.
Aqui entre nós, existe uma redundância no papel do médico como elemento controlador da hipocondria. O conhecimento que este tem por vezes pode funcionar como uma arma pessoal, pois a racionalidade e objectividade que se tem na abordagem do problema de outrem, não é a mesma como aquela com que abordámos os nossos problemas. Na maior percentagem, existem dois tipos de médicos em questão de atitudes a nível pessoal: ou "não tenho doenças ("em casa de ferreiro, espeto de pau") ou "tenho que ter alguma doença, apareceram-me muitos sintomas".
Agora pensemos será mesmo uma doença ou uma variante do normal? Para reflectir calmamente, e para sorrir na linha deste pensamento.  

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